A República no Brasil teve início em 15 de novembro de 1889, quando o Império Monárquico foi substituído por um governo republicano. O período da República Brasileira é dividido em várias fases que refletem transformações políticas, sociais e econômicas ao longo dos anos.
República Velha (1889-1930): Nesse período, o Brasil passou por um sistema oligárquico, onde os presidentes eram predominantemente representantes das elites agrárias e cafeicultoras de São Paulo e Minas Gerais. A política do "Café com Leite" alternava a presidência entre esses dois estados. Durante essa fase, também ocorreu a Primeira Guerra Mundial, a Revolta da Vacina, a Revolta da Chibata e a Semana de Arte Moderna.
Era Vargas (1930-1945): A crise econômica e política da República Velha levou Getúlio Vargas ao poder através de um golpe em 1930. Vargas promoveu uma série de reformas sociais e econômicas, incluindo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a industrialização do país. Ele governou até 1945, quando foi deposto após a Segunda Guerra Mundial devido a pressões internas e externas.
República Populista (1945-1964): Esse período foi marcado por governos democráticos, mas também por instabilidade política. A presidência foi ocupada por presidentes de diferentes correntes políticas, e houve uma busca por industrialização e modernização. O governo de Juscelino Kubitschek é conhecido pelo slogan "50 anos em 5", enfatizando seu foco no desenvolvimento econômico.
Ditadura Militar (1964-1985): Em 1964, um golpe militar derrubou o governo de João Goulart e instaurou uma ditadura militar que durou até 1985. Durante esse período, houve restrições às liberdades civis, censura, perseguição política e tortura. O regime militar enfrentou resistência civil, culminando em movimentos como as Diretas Já e a redemocratização.
Nova República (1985-atualidade): A redemocratização do Brasil ocorreu em 1985 com a eleição de Tancredo Neves, seguida pela presidência de José Sarney. A Constituição de 1988 marcou o restabelecimento das liberdades democráticas e a definição de uma estrutura política mais moderna. O Brasil experimentou uma série de governos com diferentes desafios econômicos, sociais e políticos desde então, incluindo a eleição de presidentes como Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.
 
Proclamação da República e República Velha
A história da República no Brasil começa com a Proclamação, um momento de ruptura que viu a queda da monarquia e o surgimento de uma nova era em 15 de novembro de 1889. As aspirações por igualdade e modernidade impulsionaram a nação a se desvencilhar das correntes monárquicas que a mantiveram por tanto tempo.
No entanto, essa mudança não trouxe a utopia imediata que muitos imaginavam. A República Velha, que se estendeu até 1930, inaugurou um período de complexidades e transformações. A política do "Café com Leite", onde o poder oscilava entre as elites cafeicultoras de São Paulo e Minas Gerais, deixava evidente que a oligarquia permanecia uma força influente.
A sociedade brasileira estava em ebulição, manifestando seu descontentamento através de eventos marcantes. A Revolta da Chibata, liderada por marinheiros, clamava por dignidade e respeito, enquanto a Revolta da Vacina questionava a intervenção do governo na vida dos cidadãos. Esses eventos refletiam um Brasil em busca de uma voz própria, em meio a uma estrutura política ainda dominada por interesses particulares.
Concomitantemente, a cultura e a arte começaram a florescer. A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou uma guinada na cena cultural, desafiando as tradições estéticas e abrindo espaço para novas expressões artísticas. Nesse contexto, surgiram figuras como Mário de Andrade e Tarsila do Amaral, que moldariam o panorama cultural do país.
A República Velha também testemunhou o início da luta das mulheres pelo direito ao voto, uma batalha que culminaria em uma conquista significativa nas décadas seguintes. Mesmo em meio a adversidades, a sociedade brasileira estava começando a se movimentar, a demandar mudanças reais, a questionar as normas vigentes e a buscar um Brasil mais justo.
Em resumo, a Proclamação da República marcou o início de um novo capítulo na história brasileira, mas a República Velha trouxe consigo desafios e contradições. Enquanto o país se esforçava para se libertar de suas antigas amarras monárquicas, ele também enfrentava lutas internas por igualdade, representação e justiça. Esse período de transformação e tensão preparou o terreno para as próximas fases da história da República no Brasil.
A influência do café na economia da República Velha
Durante o período da República Velha no Brasil, a economia foi profundamente influenciada pelo "ouro verde", como o café era conhecido. Esse pequeno grão trouxe um impacto transformador que moldou não apenas a economia, mas também a estrutura social e política do país.
O café rapidamente se tornou um dos principais produtos de exportação do Brasil, impulsionando o país a uma posição de destaque no mercado mundial. As condições climáticas favoráveis das regiões de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro permitiram que o Brasil se tornasse o maior produtor e exportador global de café. Esse crescimento da produção estimulou a expansão das lavouras e a migração de trabalhadores para as áreas cafeeiras, promovendo a urbanização e alterando os padrões demográficos do país.
A economia cafeeira estava intimamente ligada ao modelo de produção baseado no trabalho escravo durante o Império, mas com a abolição da escravatura em 1888, uma nova dinâmica de mão de obra emergiu. O sistema de trabalho passou a depender de imigrantes europeus, especialmente italianos, espanhóis e portugueses, que buscavam oportunidades nas plantações de café.
A dependência do café, no entanto, trouxe consigo desafios econômicos. A flutuação dos preços internacionais afetava profundamente a economia brasileira. Durante os momentos de alta demanda e bons preços, o Brasil experimentava prosperidade, mas nos períodos de baixa, a economia enfrentava instabilidade e crises financeiras.
A influência do café não se limitou apenas à economia. O setor cafeeiro também exerceu considerável influência política. A política do "Café com Leite" foi uma característica notável da República Velha, onde São Paulo e Minas Gerais alternavam o poder presidencial, moldando o curso das eleições e as políticas adotadas.
No entanto, a dependência excessiva do café também criou uma economia vulnerável. A falta de diversificação econômica deixou o Brasil suscetível a oscilações nos preços internacionais e crises no mercado global. Essa vulnerabilidade seria um fator que impulsionaria esforços para a industrialização e a modernização da economia brasileira nas décadas seguintes.
Portanto, a influência do café na economia da República Velha foi uma força poderosa que moldou o desenvolvimento econômico, social e político do Brasil. Enquanto trouxe prosperidade e prestígio ao país, também destacou as limitações de uma economia excessivamente dependente de um único produto, motivando os esforços para diversificação e modernização em busca de uma base econômica mais sólida e resiliente.
Era Vargas
Na trilha da história da República brasileira, a Era Vargas emergiu como um capítulo repleto de mudanças e ações transformadoras. Com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, o país testemunou uma nova direção sendo tomada, marcada por reformas sociais, industrialização e uma redefinição do papel do Estado.
A Era Vargas começou com a Revolução de 1930, que trouxe Vargas à presidência como um símbolo de mudança e esperança para uma nação que buscava superar as crises econômicas e políticas que a assolavam. Sua abordagem política era pragmática, ancorada em um misto de políticas populistas e autoritárias.
Um dos marcos mais distintivos dessa época foi a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), um conjunto de leis que redefiniu as relações trabalhistas no Brasil, garantindo direitos aos trabalhadores e estabelecendo um novo patamar para as condições de trabalho. Essa medida revolucionária ajudou a melhorar as condições dos trabalhadores, mas também estreitou a relação entre o governo e os sindicatos.
A industrialização também se tornou uma prioridade durante a Era Vargas. O Plano de Metas, liderado por Juscelino Kubitschek, tinha como objetivo transformar o Brasil em uma nação industrializada e moderna. Projetos ambiciosos, como a construção de Brasília, simbolizavam essa visão de modernização e progresso.
A Era Vargas também teve momentos de controvérsia, como o Estado Novo (1937-1945), um período de regime autoritário que suspendeu as liberdades civis e políticas. O governo de Vargas procurou centralizar o poder, censurar a imprensa e manter um controle rígido sobre a sociedade.
O Brasil também teve um papel na Segunda Guerra Mundial, aliando-se aos Aliados. Isso trouxe mudanças na política externa brasileira e teve impactos significativos na economia e na diplomacia do país.
A Era Vargas chegou ao fim em 1945 com a deposição de Vargas após pressões internas e externas. No entanto, seu legado perdurou, moldando as bases de muitas políticas e instituições que ainda hoje afetam o Brasil. A Era Vargas representou um período de contrastes, uma mistura de realizações progressistas e restrições autoritárias, deixando uma marca indelével na trajetória do Brasil moderno.
República Populista
À medida que a história da República no Brasil avançava, um novo capítulo se desdobrava, dando origem à era populista. Este período, que abrangeu os anos de 1945 a 1964, testemunhou um cenário político marcado por eleições democráticas, mas também por uma série de desafios e transformações que moldaram a trajetória da nação.
Com a redemocratização após a queda do Estado Novo de Getúlio Vargas, o país vislumbrou a abertura para um novo tipo de liderança política. A época se caracterizou por uma alternância de presidentes e partidos, com governantes representando diferentes correntes políticas e buscando soluções para os problemas econômicos, sociais e políticos que afligiam o Brasil.
Um dos nomes mais proeminentes desse período foi o de Juscelino Kubitschek, cujo governo ficou marcado pela célebre promessa de "50 anos em 5". Seu foco no desenvolvimento econômico e na modernização do país levou à construção de Brasília, uma cidade-símbolo desse esforço de transformação. A economia cresceu, novas indústrias surgiram e o país passou a se posicionar de maneira mais globalizada.
Entretanto, a população não estava apenas atenta ao progresso material. Movimentos sociais também ganharam força, com os trabalhadores organizando greves e reivindicando melhores condições laborais. Além disso, o movimento feminista ganhou impulso, marcando a luta das mulheres por direitos e igualdade.
No entanto, o Brasil também enfrentou desafios. Questões de desigualdade social persistiam, e a política muitas vezes refletia a fragmentação da sociedade. O governo de Jânio Quadros, marcado por suas excentricidades e renúncia surpreendente, foi um exemplo disso.
Esse período também viu a ascensão de João Goulart, vice-presidente que assumiu a presidência após a renúncia de Quadros. Seu governo foi marcado por tensões ideológicas e divisões políticas, culminando no golpe militar de 1964.
A República Populista, com suas diversas facetas e desafios, lançou as bases para o que viria a seguir. A alternância de poder, a busca por modernização e a crescente consciência social e política deixaram uma impressão duradoura na história do Brasil, moldando as narrativas e influenciando o curso das décadas posteriores.
Ditadura Militar
Um capítulo sombrio e complexo na história da República no Brasil foi a Ditadura Militar, um período que abrangeu de 1964 a 1985. Esse período foi marcado por uma série de eventos dramáticos e desafiadores que moldaram profundamente a sociedade brasileira.
Tudo começou com um golpe militar que derrubou o governo democraticamente eleito de João Goulart, com a justificativa de combater a corrupção e o comunismo. Entretanto, a ação militar marcou o início de um regime autoritário que limitou severamente as liberdades civis e políticas. A imprensa foi censurada, partidos políticos foram suprimidos e a oposição foi duramente reprimida.
O contexto político e social da época foi influenciado por uma série de fatores, como a Guerra Fria, que alimentou temores de uma expansão do comunismo na América Latina. Alegando ameaças à ordem pública e à segurança nacional, os militares justificaram sua intervenção, prometendo restaurar a estabilidade política e econômica.
Durante esses anos, o governo militar empregou uma política de "segurança nacional" para justificar a perseguição de qualquer indivíduo ou grupo que fosse considerado uma ameaça ao regime. Isso levou a prisões arbitrárias, tortura e até mesmo desaparecimentos forçados.
Uma das primeiras medidas após o golpe foi a implementação do AI-1 (Ato Institucional nº 1), que conferiu poderes extraordinários ao presidente Castelo Branco, inaugurando um período de governos militares. O AI-2 e o AI-3 seguiram-se, restringindo ainda mais os direitos civis e políticos, suspendendo eleições diretas e reforçando o controle do governo sobre as instituições.
O ápice do autoritarismo veio com o AI-5 (Ato Institucional nº 5), de 1968, que concedeu ao governo poderes quase ilimitados para suprimir a oposição e restringir as liberdades individuais. A censura foi imposta à imprensa, partidos políticos foram fechados, e as manifestações e reuniões foram proibidas.
Durante esse período, a repressão foi intensa. Muitos opositores ao regime foram presos, torturados e até mesmo mortos. A "Operação Condor", uma colaboração entre as ditaduras militares da América Latina, resultou no desaparecimento de dissidentes em vários países da região.
A sociedade brasileira, porém, não permaneceu passiva. Ao longo dos anos, surgiram movimentos de resistência e protesto. A partir da década de 1970, a pressão internacional também aumentou à medida que as violações dos direitos humanos se tornaram conhecidas fora do Brasil. A morte do jornalista Vladimir Herzog sob custódia militar, em 1975, desencadeou protestos e clamores por justiça.
A década de 1980 trouxe a abertura política gradual, conforme a pressão interna e internacional obrigava o regime a ceder. Movimentos como as "Diretas Já" pediam eleições presidenciais diretas, e a anistia permitiu o retorno de exilados políticos e a libertação de prisioneiros.
Em 1985, a Ditadura Militar finalmente chegou ao fim com a eleição de um presidente civil, Tancredo Neves. Sua morte logo após a eleição trouxe José Sarney à presidência, e a transição para a redemocratização continuou. A Constituição de 1988 marcou o retorno pleno à democracia e estabeleceu os princípios para um Brasil mais inclusivo e livre.
A Ditadura Militar deixou uma herança de cicatrizes profundas na sociedade brasileira, mas também demonstrou a resiliência do povo em buscar justiça, verdade e liberdade. O período é lembrado como um alerta sobre os perigos do autoritarismo e a importância da vigilância constante para a preservação das liberdades democráticas.
Nova República
Após os anos tumultuados da Ditadura Militar, o Brasil ingressou na Nova República, um período que se estendeu a partir de meados da década de 1980 até os dias atuais. Com a redemocratização, o país se viu diante de um desafio monumental: reestruturar sua política, economia e sociedade enquanto curava as feridas de um passado sombrio.
A Nova República começou com uma atmosfera de esperança e promessa. A Constituição de 1988 foi um marco significativo, definindo os princípios da democracia, os direitos fundamentais e a divisão dos poderes. Ela também estabeleceu a estrutura para a criação de um Estado mais inclusivo e comprometido com a justiça social.
Os primeiros anos da Nova República foram marcados por presidentes civis, como José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco. No entanto, esse período também trouxe desafios econômicos, como a hiperinflação, que impactou a vida de milhões de brasileiros.
O governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) trouxe avanços significativos para a economia. Seu plano de estabilização econômica, o Plano Real, conseguiu controlar a inflação e melhorar as condições econômicas do país. Além disso, a política de privatizações visava modernizar setores-chave da economia, mas também gerou controvérsias e debates.
A presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) foi um divisor de águas. Lula, um ex-líder sindical, chegou ao poder em 2003 com uma plataforma focada na redução da desigualdade social. Seus programas sociais, como o Bolsa Família, visavam combater a pobreza e melhorar as condições de vida das camadas mais vulneráveis da população.
A presidência de Dilma Rousseff enfrentou desafios econômicos, além de protestos e polêmicas em relação à corrupção. Seu governo também testemunhou a realização de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
O governo de Michel Temer assumiu após o impeachment de Dilma, e seu mandato esteve marcado por medidas de austeridade e reformas estruturais.
A eleição de Jair Bolsonaro em 2018 trouxe uma mudança de direção na política brasileira. Seu governo tem sido marcado por posições conservadoras e debates acalorados sobre questões como meio ambiente, direitos humanos e política externa.
Ao longo da Nova República, o Brasil enfrentou desafios complexos, como a corrupção sistêmica, a violência urbana, a desigualdade persistente e a degradação ambiental na Amazônia. O país também continuou a se afirmar internacionalmente, sendo um membro ativo em organizações como o BRICS e o G20.
A Nova República é uma história em andamento, cheia de reviravoltas e desafios. Ela testemunhou a capacidade de resiliência do povo brasileiro, a busca por justiça e progresso, e a necessidade constante de enfrentar dilemas complexos em um cenário político e social em constante evolução.
Movimentos Sociais e Culturais
A história do Brasil Republicano também é moldada por uma tapeçaria vibrante de movimentos sociais e culturais que deixaram sua marca ao longo dos anos. Esses movimentos refletem as vozes daqueles que buscavam mudanças, equidade e expressão em uma sociedade em constante evolução.
Os movimentos sociais desempenharam um papel fundamental na luta pelos direitos civis e igualdade. Desde a luta abolicionista no século XIX até as manifestações contemporâneas por justiça social, grupos marginalizados e minorias encontraram formas de se unir em busca de reconhecimento e respeito. O movimento negro, por exemplo, lutou contra o racismo estrutural e a discriminação, enquanto o feminismo reivindicava a igualdade de gênero e o movimento LGBTQ+ buscava direitos e visibilidade.
A cena cultural brasileira também deixou sua marca indelével. A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco crucial, desafiando convenções estéticas e abrindo espaço para novas formas de expressão artística. Figuras como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral foram pioneiros desse movimento, influenciando o cenário literário, artístico e intelectual.
A música também desempenhou um papel fundamental nos movimentos culturais. A Bossa Nova dos anos 1950 e 1960 trouxe um novo som ao Brasil, com artistas como João Gilberto e Tom Jobim exportando uma estética brasileira para o mundo. Mais tarde, o Tropicalismo na década de 1960, liderado por Gilberto Gil e Caetano Veloso, desafiou as fronteiras musicais e políticas, combinando influências variadas em uma expressão única.
No cenário contemporâneo, a cultura brasileira continua a ser uma força motriz. O cinema, por exemplo, encontrou destaque internacional com diretores como Fernando Meirelles e Kleber Mendonça Filho, abordando temas diversos e complexos da sociedade brasileira. A literatura também floresce, com autores como Paulo Coelho, Clarice Lispector e Mia Couto, explorando questões humanas universais com uma perspectiva singular.
Os movimentos sociais e culturais frequentemente se entrelaçam, influenciando e sendo influenciados mutuamente. O teatro de resistência, as manifestações artísticas de rua e os festivais de música abordam questões sociais e políticas, trazendo as preocupações e aspirações da sociedade para o centro do debate público.
Relações internacionais do Brasil em diferentes momentos históricos
As relações internacionais do Brasil ao longo da história revelam uma nação que se adaptou e se envolveu com o mundo de maneira complexa e multifacetada. Desde os primórdios da colonização até os dias atuais, as relações internacionais moldaram a trajetória do país de várias maneiras.
Na época colonial, o Brasil foi palco de disputas entre potências europeias que buscavam explorar suas riquezas naturais. A colonização portuguesa estabeleceu laços comerciais e políticos com a Europa, e o Brasil se tornou um importante centro produtor de açúcar e minerais preciosos. Mais tarde, com a abertura dos portos às nações amigas em 1808, o Brasil expandiu suas relações comerciais, marcando um momento de maior integração com o mundo.
A independência do Brasil em 1822 trouxe consigo a necessidade de estabelecer relações diplomáticas com outras nações. O reconhecimento internacional da independência consolidou a posição do país como uma nação soberana. No entanto, as relações internacionais foram frequentemente influenciadas pelas lutas políticas internas e pelas rivalidades regionais.
No século XIX, o Brasil participou da política internacional como um império, estabelecendo relações com potências como o Reino Unido e a França. No entanto, o país também se envolveu em conflitos, como a Guerra do Paraguai, que teve impactos duradouros nas relações regionais.
No início do século XX, a influência dos Estados Unidos começou a crescer, especialmente durante a Primeira Guerra Mundial. A entrada do Brasil na guerra ao lado dos Aliados fortaleceu os laços com nações ocidentais. A década de 1930 marcou uma maior busca por uma política externa independente, enquanto o governo de Getúlio Vargas tentava manter um equilíbrio entre alianças internacionais.
A Segunda Guerra Mundial trouxe uma mudança significativa para as relações internacionais do Brasil. O país se uniu aos Aliados e enviou tropas para lutar na Europa. A participação do Brasil na guerra teve um impacto duradouro, influenciando sua posição nas discussões internacionais e a criação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante a Guerra Fria, o Brasil procurou equilibrar suas relações com os Estados Unidos e a União Soviética. A política externa neutra do governo de Juscelino Kubitschek buscou promover o desenvolvimento econômico e a cooperação internacional. No entanto, o país também enfrentou desafios internos, como o golpe militar de 1964, que teve implicações nas relações com outras nações.
Nos anos mais recentes, o Brasil se tornou um ator global mais proeminente. Participou da criação de organismos internacionais como o BRICS e desempenhou um papel crescente em questões como o meio ambiente e o comércio internacional. No entanto, o país também enfrentou críticas em relação às suas políticas ambientais e sociais, afetando suas relações com parceiros internacionais.
Ao longo dos séculos, as relações internacionais do Brasil refletiram as mudanças globais e os desafios locais. A nação encontrou-se no cruzamento de interesses regionais e globais, buscando uma identidade e uma voz em um mundo em constante evolução.
 
15 de novembro de 1889 - Proclamação da República:
Essa data marca a queda da monarquia e o estabelecimento da República no Brasil. Marechal Deodoro da Fonseca liderou um golpe militar que destituiu o imperador Dom Pedro II e inaugurou uma nova era política no país.
24 de fevereiro de 1891 - Promulgação da Primeira Constituição Republicana:
Com a promulgação desta Constituição, o Brasil estabeleceu os princípios básicos do novo sistema republicano, incluindo a separação dos poderes, a criação de um regime presidencialista e a garantia de direitos individuais.
1930 - Revolução de 1930:
A Revolução levou Getúlio Vargas ao poder, encerrando a chamada "República Velha" e inaugurando um período marcado por mudanças políticas e sociais significativas.
1945 - Fim do Estado Novo:
A deposição de Getúlio Vargas em 1945 marcou o fim do período conhecido como Estado Novo, um regime autoritário que durou de 1937 a 1945.
1985 - Redemocratização:
Com a eleição de Tancredo Neves, o Brasil iniciou o processo de transição para a democracia após duas décadas de regime militar. Embora Tancredo Neves tenha falecido antes de assumir, José Sarney completou o mandato, marcando o início da Nova República.
1988 - Promulgação da Constituição de 1988:
Essa Constituição estabeleceu as bases para a democracia e os direitos individuais no Brasil, garantindo a igualdade perante a lei e promovendo a justiça social.
2002 - Eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (Lula):
A eleição de Lula como presidente marcou um momento importante na história política do Brasil. Lula foi o primeiro presidente operário do país e seu governo implementou programas sociais que visavam reduzir a desigualdade.
2010 - Eleição de Dilma Rousseff:
A eleição de Dilma Rousseff como a primeira mulher presidente do Brasil simbolizou um avanço na representatividade feminina na política brasileira.
2018 - Eleição de Jair Bolsonaro:
A eleição de Bolsonaro como presidente trouxe uma mudança significativa para a política brasileira, com suas posições conservadoras e suas promessas de mudança em várias áreas, incluindo economia e segurança.
 
1) Qual evento marcou o início da República no Brasil?
A Proclamação da República em 15 de novembro de 1889.
2) Quais foram os principais aspectos da República Velha?
A República Velha foi marcada pelo domínio político das oligarquias agrárias, coronelismo, voto restrito, economia centrada no café e alternância de poder entre São Paulo e Minas Gerais.
3) O que foi o período da Era Vargas?
A Era Vargas foi um período em que Getúlio Vargas esteve no poder, caracterizado por políticas populistas, industrialização, criação da CLT e o Estado Novo, um regime autoritário.
4) Quais foram as principais características do Estado Novo?
O Estado Novo, período autoritário durante a Era Vargas, suspendeu as liberdades civis, censurou a imprensa, centralizou o poder e teve forte controle estatal.
5) Como a Ditadura Militar impactou o Brasil?
A Ditadura Militar (1964-1985) trouxe repressão política, censura, violações de direitos humanos, tortura e desaparecimentos forçados, além de influenciar a política, sociedade e cultura.
6) Quais foram os principais movimentos sociais e culturais na história do Brasil Republicano?
Alguns dos principais movimentos foram a Semana de Arte Moderna de 1922, o movimento feminista, o movimento negro, a luta por direitos LGBT e as manifestações pela democracia durante a Ditadura Militar.
7) Como o café influenciou a economia da República Velha?
O café foi o principal produto de exportação, impulsionando a economia brasileira. No entanto, sua dependência trouxe desafios, como a instabilidade de preços internacionais.
8) Quais foram as principais mudanças na política externa do Brasil ao longo do tempo?
O Brasil transitou de uma política de alinhamento com potências europeias no Império, passou pela busca por neutralidade na Guerra Fria e posteriormente assumiu um papel global mais ativo em questões como o meio ambiente e o comércio internacional.
9) Quais foram os principais momentos de transição democrática na história do Brasil Republicano?
Os principais momentos de transição democrática foram a redemocratização após a Ditadura Militar na década de 1980 e a promulgação da Constituição de 1988, que estabeleceu as bases da democracia atual.
10) Quais foram os principais desafios sociais e econômicos enfrentados pelo Brasil Republicano?
Desafios incluíram a desigualdade social persistente, a busca por desenvolvimento econômico, a instabilidade financeira e a necessidade de lidar com questões como a pobreza, a falta de infraestrutura e a proteção ambiental.
 
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